Com 83 mil bebês nascidos por meio de procedimentos de reprodução assistida, o Brasil lidera o ranking dos países latino-americano que realizaram algum desses tratamentos nos últimos 25 anos.
Diante de tantos problemas que podem causar a infertilidade, sejam por motivos de saúde ou fatores sociais, as técnicas de reprodução assistida são buscadas como solução para quem quer construir uma família.
Casais homoafetivos, indivíduos que querem engravidar sem a necessidade de um parceiro sexual, ou seja, reprodução independente e famílias com qualquer tipo de doença pré-existente, estão no grupo de pessoas que procuram a reprodução assistida para elaborar um planejamento familiar.
A partir do desejo e a dificuldade de uma gravidez, o casal ou a pessoa interessada deve buscar ajuda de um profissional qualificado para dar início aos tratamentos.
Durante as consultas, o especialista irá definir qual as melhores técnicas de reprodução assistida a serem utilizadas e explicar cada uma delas ao paciente, sendo a inseminação artificial e a fertilização in vitro, os métodos mais indicados.
No artigo de hoje abordaremos sobre a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro, duas técnicas que se destacam quando o assunto é reprodução assistida. Confira!
Diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro
Embora ambos os procedimentos tenham o mesmo objetivo, aumentar as chances de uma gravidez, existe um fator que diferencia as duas técnicas que é a forma que acontece a fecundação dos óvulos. Confira:
Inseminação artificial
A inseminação artificial, também conhecida como intrauterina, é uma técnica de reprodução assistida considerada de baixa complexidade, uma vez que a fecundação acontece naturalmente nas trompas.
Nessa técnica, o caminho que o espermatozoide precisa percorrer para chegar ao útero da mulher é reduzido, já que o profissional introduz o sêmen direto na cavidade uterina.
Quando o casal opta pela inseminação artificial, o laboratório irá coletar o sêmen do homem para prepará-lo retirando substâncias que podem atrapalhar a fecundação. O material fica armazenado até o momento em que a mulher estiver ovulando, e é neste momento que o sêmen do parceiro deve ser colocado no útero.
A partir daí, os espermatozoides precisam encontrar o caminho até as trompas para que cheguem até o óvulo para fecundá-lo.
É importante destacar que durante todo o procedimento, o médico responsável irá acompanhar o processo de perto, fazendo ultrassonografia transvaginal na paciente sempre que necessário.
Fertilização in Vitro
Conhecido como um dos tratamentos mais utilizados no Brasil desde 2019, a fertilização in vitro (FIV) é, segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), a técnica de reprodução assistida que oferece maiores chances de gravidez.
O tratamento deve ser feito em um laboratório especializado em reprodução humana assistida, por isso é um procedimento considerado de alta complexidade.
A fertilização in vitro consiste em cultivar os embriões no próprio laboratório, observando seu desenvolvimento para que só depois seja feita a transferência para o útero a fim de obter a gravidez.
Ou seja, os espermatozoides e os óvulos são combinados no laboratório para só depois serem implantados na mulher que, enquanto aguarda, prepara o útero (por meio de medicamentos) para receber o embrião.
Nessa técnica, tanto os espermatozoides quanto os óvulos são coletados, e os que apresentam maior potencial e amadurecimento, são escolhidos e então submetidos ao tratamento de FIV.
Qual a melhor técnica para o meu caso?
A indicação do melhor tratamento dependerá de uma avaliação da saúde, das necessidades e anseios de cada paciente, lembre sempre que cada caso é único e o que é indicado para um, pode não ser para o outro.
A decisão da melhor técnica de reprodução assistida cabe ao médico especialista, uma vez que as causas da infertilidade são diversas e para cada mulher pode existir um tratamento ideal.
Por exemplo, quem sofre com endometriose fará um tratamento, normalmente a FIV, enquanto mulheres com problemas ovulatórios podem necessitar da inseminação.
Gostou do artigo? Quer ler mais conteúdos sobre reprodução humana? Então acesse o blog e acompanhe as atualizações sobre o assunto. Siga também meu perfil no Instagram, assim você não perde nenhuma postagem!
Até a próxima leitura!