Cirurgia ginecológica
As cirurgias ginecológicas são procedimentos cirúrgicos que envolvem o sistema reprodutor feminino. Então, mulheres que apresentem problemas no útero, ovário, vagina ou vulva, assim como qualquer doença que afete o sistema reprodutor, pode recorrer a algum destes procedimentos, como uma das opções de tratamento.
Existem várias categorias de cirurgias ginecológicas e cada uma delas tem seu objetivo, assim como equipamentos específicos para sua realização, que podem ser o laparoscópico e a cirurgia robótica, como o robô Da Vinci.
Uma cirurgia ginecológica costuma ser indicada para tratar problemas como:
adenomiose;
retirada de miomas;
Cistos ovarianos;
câncer de útero, entre outros casos.
Portanto, é sempre fundamental que a mulher consulte regularmente o ginecologista, uma vez que é ele que poderá detectar possíveis doenças no exame clínico e indicar o melhor tratamento ou cirurgia ginecológica para cada caso.
Quais as principais cirurgias ginecológicas?
Existem muitas cirurgias ginecológicas voltadas para a saúde da mulher. Conheça algumas delas.
Miomectomia
O mioma é um tumor uterino benigno que atinge 50% das mulheres em fase reprodutiva, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). A miomectomia, portanto, é uma cirurgia ginecológica cujo objetivo é fazer a retirada desses miomas.
Para a realização desse procedimento, é fundamental observar alguns fatores do mioma, como:
número;
dimensão;
localização e
sintomas associados.
A miomectomia é indicada para mulheres que apresentam miomas e tenham sintomas associados, geralmente hemorragia vaginal, dor, ou até mesmo o desejo de preservar a fertilidade.
É importante lembrar que nem sempre é necessário a realização de uma cirurgia para retirada dos miomas, uma vez que o tratamento clínico, junto da observação médica é, na maioria dos casos, a abordagem mais utilizada.
Histerectomia
A histerectomia é uma cirurgia ginecológica voltada para o tratamento do útero. Esse procedimento é caracterizado pela retirada total, subtotal ou radical do órgão.
Na histerectomia total, o útero é retirado em sua totalidade, o que inclui tanto o corpo de útero, como o colo uterino. Já na histerectomia subtotal, apenas o corpo uterino é retirado, enquanto na histerectomia radical, o útero e todos os ligamentos que o envolvem também são retirados.
De todo modo, a remoção do útero é uma prática que precisa de um diagnóstico específico, com uma avaliação médica detalhada. Uma vez que, segundo a FEBRASGO, ao impossibilitar uma futura gravidez, acaba por fechar um ciclo na vida dessas pacientes.
Então, a histerectomia é um procedimento indicado em casos de:
leiomiomas uterinos;
hemorragias uterinas;
dores pélvicas;
prolapso dos órgãos pélvicos (POP);
doença maligna ou pré-maligna.
Lembre-se, mesmo com essas indicações, é o médico quem deve avaliar o caso e decidir se a cirurgia deve ou não ser realizada.
Salpingectomia
Caracterizada pela remoção das tubas uterinas ou trompas de Falópio, a salpingectomia é uma cirurgia ginecológica de intervenção, indicada em casos de:
câncer de tubas uterinas;
infecções graves, como a salpingite;
gravidez ectópica;
ruptura nas tubas uterinas, ocasionando outras complicações;
dilatação das tubas;
sangramento descontrolado após a salpingostomia.
A salpingectomia é um procedimento minimamente invasivo, realizado sob anestesia geral e a mulher, na maioria dos casos, fica internada apenas um dia.
Segundo a (FEBRASGO), essa cirurgia ginecológica apresenta uma vantagem adicional, que é a prevenção do câncer de ovário, uma vez que alguns estudos sugerem que alguns desses tumores sejam desencadeados nas tubas.
Além disso, a salpingectomia contribui para a diminuição da dor pélvica, do risco de uma nova cirurgia e da possibilidade de uma hidrossalpinge (presença de líquido no interior da trompa).
Essas são só algumas das cirurgias existentes para a saúde íntima feminina. Contudo, é importante ter em mente que toda cirurgia ginecológica possui particularidades próprias e, por isso, apenas o médico pode definir se a intervenção cirúrgica deve, ou não, ser levada em consideração, assim como qual a melhor técnica para cada caso.
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